terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

De mala ás costas !

Se a cidade parasse pra pensar,
Naqueles que acolhe, que lá vão parar.
Não seriam por certo tantas almas assim.
Não falo dos outros nem os outros de mim.
Se as ruas ouvissem cada olhar indignado,
Cada passo sem fôlego, apressado..
As paredes vêm velhas aqueles jardins,
Não falo dos outros nem os outros de mim.
Cruzam-se vidas, correm tantas vidinhas,
De ouvidos tapados passam por aquelas ruinhas.
Não se conhecem mas passam assim.
Porque não falo dos outros nem os outros de mim.
Cheiram a rotina e até desorganização.
Porque são um núcleo disperso de vozes separadas .. E tanta confusão.
Seguem caminhos diferentes,
Uns não, outros sim.
Não falo dos outros nem os outros de mim.
Não dorme, não mente.
Quer abraçar cada vida que amanheça bem contente.
É tanta vida. Eles são assim.
Nunca falo dos outros nem os outros falam de mim.

2 comentários:

  1. obrigada por partilhares comigo estes lindos poemas que mostram a tua sensibilidade e generosidade bj

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Os poemas não seriam os mesmos se não fossem partilhados com as pessoas que os acompanharam desde sempre e que nos viram crescer.
      É de facto muito gratificante escrever e saber que a professora está sempre aí, disposta a lê-los :)
      O meu muito onrigada !

      Eliminar