terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Heterónimo invulgar !

Sinto-me abandonada pela multidão,
Faço a vontade de um todo presente.
Com poucos motivos eu esclareço a razão.
Agora o poeta escreve, mas já não sente.
Deixaram-me as palavras e todos vós,
Forma anos passados .. Pedia muitos mais.
Foram-se os livros que outrora li,
Sorrisos, imagens e recortes de jornais.
Pintam-se as facetas de outra cor,
Dizem que não há motivo nem razão.
Para esconder que o que sentem é dor,
Quando lhes perguntam: “O que conta o coração?”
São portanto fingimentos,
De todos os actores principais.
Que preferem palavras a sentimentos,
Que omitem papéis e nada mais.
Vou-me intrigando por entre a sociedade,
Permanecendo atenta e reticente.
Caminhando de mão dada à saudade,
Não sou especial, apenas diferente.

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